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domingo, 3 de maio de 2015

SM backyard - Again & again

Crónica de Domingo, 03 de Maio de 2015.

Os pneumáticos da caixa com rodas zuniam na estrutura metálica a uma velocidade constante e até melancólica. Talvez por influência do tempo cinzento que se fazia sentir àquela hora da manhã, enquanto transpunha o Tejo, pendurado nas alturas.
A hora é a do costume. Trinta minutos passam das sete da manhã e as nuvens vão, aqui e ali, cobrindo os ainda timidos raios de sol.

Sou o primeiro a chegar ao ponto de encontro.
A malta vai aparecendo devagar, mas às oito e trinta estava o grupo reunido e pronto a embarcar em mais uma manhã de galhofa, boa disposição, de ritmo calmo e tranquilo. Achava eu, mas não podia estar mais enganado!

O ritmo da passeata de domingo foi, ao contrário do habitué dos últimos passeios, realmente estimulante, endiabrado e vivo! Até que enfim(!)
Algumas paragens, sobretudo por furos e na guerra contra as silvas – que vencemos - mas quando tocava a pedalar, ahhhhh catano que o homem da Batuta ía maluco.
Sinceramente, passámos por trilhos tão fechados que julguei muitas vezes que o meu impermeável não iria resistir até final do passeio. Os calções do José Fernando Nunes não duraram inteiros até final da volta, mas segundo a vitima aí a culpa foi do Hernâni...



Mas... imperméavel porquê, perguntam vocês!
Pois, porque o tempo esteve uma merda a manhã toda, com aquela chuva tola que só molha quando um gajo despe o casaco de plático.
Um tempo manhoso, nem quente nem frio. Abafado e húmido, com uma parva de uma chuvinha que ora caía, ora não caía, mas que resolvia engrossar sempre que despia o impermeável.
Uma típica manhã de Maio, primaveril e alegre. Pois sim!

Mas nada que nos impedisse de fazer altos trilhos, conhecer outros novos, passar noutros onde já não metia as rodas fazia tempo. Muito menos que impedisse que o tradicional espírito que nos une fosse outro que não o costumeiro, sempre em altas. Como as rotações dos meus cranks.
Foi sempre a bombar. Raios parta que a maluqueira quando ataca estes homens, dá-lhes forte. Quem andou na cabeçorra do grupo, quem o comandou, fosse em que altura do passeio fosse, foi sempre com um ritmo soltinho e fluído. Daquele, do tipo honesto.
Eu, pela parte que me toca, trazia as perninhas já meio queimadas de Sábado, mas puxei nas subidas finais da manhã como se não houvesse segunda-feira no horizonte e eu não tivesse que me mexer para ir trabalhar. Foi muito bom(!) Mas não foi o passeio calminho e tranquilo que eu esperava. Isso não foi, de todo.

O que sei é que já sonhava com a paragem na Cova do Vapor, tipo, dez minutos depois de termos saído de Santa Marta. Entramos de rompante no pequeno estabelecimente e aviamos as barrigas a gosto. Aqui o vosso cronista mandou duas(!) Bolas Berlim pela goela abaixo, em sintonia com uma Coca-cola. Café e cigui já cá fora com a malta, assim a modos que, à minha espera...
Mas porra que bem que souberam! Pela vida, como se costume dizer.

Ao contrário da maioria dos passeios de Domingo, o grupo iria regressar inteiro. Não houve "meias-voltas", nem 1/4 de voltas desta vez.
O regresso foi por isso tranquilo, mas a Batuta nunca perdeu o compasso e nós nunca abrandámos demasiado o ritmo e variadissimas alturas houve que olhei por cima do ombro para me ceritificar que o Capitão ainda lá vinha. E vinha mesmo.

O pessoal ficou no café a hidratar e eu rumei ao carro para me fazer à pequena viagem entre uma margem e outra do rio.
Para trás ficava mais uma manhã bem passada, Mas ficava também a certeza que as camaras de ar com liquído anti-furo foram uma invenção genial, e que, mesmo a 48.9Km/h continua a ser possível pensar e que à terceira foi de vez!

As fotos são da autoria do José Fernando Nunes. Eu levei a máquina de filmar mas não lhe toquei.
Para a semana há mais!

Abraçorros,
Frederico Nunes "Froids"

@2015

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